Primeiro teste de Kalil na Prefeitura de BH
O prrojeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) é uma peça genérica, dita apenas como será gasto o orçamento do ano que vem, que, segundo o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre kalil (PHS), irá priorizar, nessa ordem, a saúde, educação, segurança e habitação. O orçamento de R$ 9,9 bilhões é bastante engessado, há dívidas e compromissos já assumidos. Tem déficit de R$ 119 milhões no orçamento já que as despesas previstas são de R$ 10,020 bilhões.
O atraso e a dificuldade na votação foram provocados pela insatisfação de alguns vereadores aliados que reclamam o não cumprimento do prometido em votações anteriores. Além disso, a maior parte deles, 20 dos 41, pretende se candidatar a deputado no ano que vem e quer mostrar serviço agora. Tudo somado, o projeto foi aprovado; depois, em setembro, virá o projeto do orçamento propriamente dito, o primeiro de Kalil. Haverá cortes em todas as áreas, contratos estão sendo revistos e, com a reforma administrativa, corte de cargos, haverá economia de 30 milhões de reais.
Ainda assim, está chegando a hora do primeiro teste de fogo do apolítico Alexandre Kalil. Não vem, nem virá, da Câmara Municipal, mas dos servidores municipais, especialmente o professorado. Na quarta (9), os professores realizaram assembleia para discutir a campanha salarial deste ano; os demais servidores marcaram assembleia para o dia 17 de agosto, com paralisação, para discutir a proposta de reajuste de 2,53% já apresentada pela prefeitura.
Na administração, não se usa a expressão reajuste, mas atualização inflacionária diante da crise geral nas arrecadações. O indicativo entre os servidores, até agora, é de rejeição da proposta. Será oportunidade para o jeitão franco de Kalil exibir jogo de cintura e capacidade de negociação com o funcionalismo. FOTO SITE SINDIBEL