Sucessão mineira aguarda destino de líderes
A situação de Minas, como em todo o país, é de perplexidade e de paisagem. Todos estão esperando o desfecho da maior crise política de suas lideranças, que comandavam, com controle absoluto, os destinos de seu grupo político. O mais afetado é o ex-presidente nacional do PSDB e senador afastado Aécio Neves, depois que gravações o flagraram pedindo R$ 2 milhões para a JBS.
A tendência do PSDB hoje, como já dissemos aqui, é de não ter candidato próprio a governador no ano que vem, porque o partido ficou também afetado com tudo isso. Sem falar que os aliados, há muito, estão insatisfeitos com a condução centralizadora dos tucanos. Há 15 anos, vivemos no estado a mesma bipolarização nacional entre PSDB e PT pelo controle político.
Do lado do PT, ainda temos o governador Fernando Pimentel denunciado no Superior Tribunal de Justiça e pode ser julgado. Será afastado do cargo ou não? Se não ficar impedido de disputar as eleições do ano que vem, Pimentel, com a máquina na mão, poderá ser forte na disputa em um estado de dimensões continentais, com 853 municípios.
É claro que outros nomes, dentro e fora desses dois campos, poderão entrar no páreo. O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (PP) não escondem de ninguém que estão em franca pré-campanha para serem candidatos e se elegerem governador. Como estão fazendo os políticos, o melhor é aguardar.
FOTO: BAND- Lacerda e Dinis Pinheiro