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TST reprova paralisação de TRTs no dia da greve


O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Martins Filho, manifestou ao comando dos Tribunais Regionais do Trabalho do país sua reprovação com a decisão de paralisar as atividades no dia de hoje, justamente por conta da greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária. Para ele, a decisão inédita dos tribunais, ainda que tenha razões administrativas e técnicas, terá forte efeito político. A ponderação de Martins foi feita após audiência dele e dos presidentes e corregedores TRTs com a presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministra Carmem Lúcia.

Sobre a medida, os presidentes regionais da Justiça do Trabalho se justificaram pela paralisação dos serviços de transporte público; a expectativa de ocorrência de manifestações sociais de grandes proporções e a necessidade de se preservar a segurança de magistrados, servidores, estagiários e jurisdicionados” e, por último, para evitar prejuízo àqueles que teriam que comparecer às unidades judiciárias nesse dia. Não houve recuo de nenhum deles, mas, por outro lado, durante todo o dia de ontem, surgiram várias decisões judiciais contra a paralisação dos serviços de ônibus e metrô em todo o país. ( Na foto, o presidente do TST, Ives Gandra, a presidente do STF, Cármen Lúcia, e presidentes de TRTs - Secom/TST. Foto: Fellipe Sampaio).

O TRT de Minas foi o primeiro a anunciar a paralisação de seus serviços, divulgada aqui com exclusividade. Politicamente, os juízes e desembargadores do Trabalho são, por meio de suas associações regionais e nacional, contra as reformas trabalhista e previdenciária e, principalmente, rejeitam a terceirização, que classificam de precarização do trabalho. Tanto é que realizam, no início da tarde desta sexta, às 12h30, ato público contra a Reforma da Previdência no fórum do Trabalho. De acordo com eles, as mudanças atentam contra a independência da Justiça do Trabalho. Reprovam ainda o projeto de abuso de autoridade, entre outros. Terão o reforço das associações da magistratura estadual e federal e do Ministério Público.

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